Ser mãe de bebés com APLV não é nada fácil. Passo horas intermináveis no supermercado a ler rótulos para garantir que não trago nada que possa desencadear uma reacção indesejada. Leio uma, duas vezes, as que forem necessárias, e mesmo assim não consigo eliminar totalmente o receio de que possa ter passado alguma coisa. Quando estou a cozinhar, volto a ler o rótulo de cada vez que vou buscar algum ingrediente ao frigorífico.
Outras vezes, vou ao supermercado com a firme determinação de encontrar umas bolachinhas diferentes que não tenham leite, soja ou ovo. E leio rótulos e mais rótulos. Quando encontro alguma coisa nova, fico tão contente que dou por mim a contar as horas para o baby T chegar a casa e experimentar a minha descoberta. E faço-o com confiança. Porque a lei nos protege! Porque o rótulo é fundamental! Sei que muitas mães entendem o que quero dizer. Sei que muitas compreendem bem esta minha adicção por rótulos. Agora, imaginem que viviam no Brasil, onde os rótulos têm na maior parte dos casos informações incompletas e imprecisas. Onde não há lei que obrigue à identificação dos alergenos. Conseguem perceber o medo que persegue estas mães? Elas mobilizaram-se e estão a pressionar para mudar a situação, através da campanha #põenorótulo. Já têm mais de 28 mil likes. Um é meu.
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Sou a mãe do baby T e da baby R. Vivemos sem proteínas do leite de vaca e somos felizes! arquivo
Julho 2017
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