Hoje o dia não começou da melhor maneira. Tirar de casa dois bebés no meio da tempestade para os levar à creche consegue ser quase tão desafiante como lidar com a APLV. Deixo um preso no carrinho à entrada do prédio, enquanto levo o outro ao colo. O guarda-chuva voa duas ou três vezes e o baby T guincha ao meu ouvido à desgarrada com a baby R que se ouve agora ao longe. Corro a buscá-la, voltando as costas aos protestos do irmão. Depois de estarem os dois instalados, fico toda encharcada a por o carrinho na mala. Sento-me no banco do condutor e respiro fundo. Ligo o rádio e cantamos até chegar à creche.
A esta altura, a chuva tinha abrandado e foi muito fácil tirá-los do carro. Quando as coisas entram nos eixos, volta a boa disposição e alegria. E lá fomos nós a saltitar até à porta da sala. Mal eu sabia que o pior estava por vir... Ontem, uma mãe tinha-me dito que a filha tinha ficado em casa porque estava com vómitos e já outro menino tinha estado indisposto. Perguntei à auxiliar da sala do baby T se havia meninos doentes. Resposta pronta: "Porque é que diz isso?" Coloquei o meu melhor sorriso e pedi que me avisassem quando dão conta destes casos, de forma a estar alerta a eventuais sintomas e não os confundir com uma reacção alérgica. Em menos de um instante, a educadora juntou-se à auxiliar e começaram a dizer que não podiam fazer isso a 18 crianças, que têm mais que fazer, etc. Mas num tom que só visto! Eu expliquei que na última consulta, em que ele estava com diarreia, a imunoalergologista perguntou se havia mais alguma criança doente e eu não sabia responder. Mas elas mantiveram-se irredutíveis na sua arrogância, perante as minha incredulidade. Acabei por dizer que só tinha feito aquele pedido por me parecer ser uma coisa simples, mas que estava a perceber que era uma complicação. E vim embora. Estarei louca?
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Sou a mãe do baby T e da baby R. Vivemos sem proteínas do leite de vaca e somos felizes! arquivo
Julho 2017
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